ECSA comemora 37 anos com as palhaçadas do Grupo Tibanaré de teatro
A Escola Chave do Saber (ECSA) completou 37 anos no último dia 18 de maio, mas a comemoração foi realizada no dia 31 de maio, de forma totalmente voltada à razão de ser da instituição: as crianças. Durante o dia elas puderam se divertir bastante com apresentações do Grupo Tibanaré, de teatro, que apresentou para os alunos fragmentos do espetáculo “Palhaçando”, com Jefferson Jarcem e Vini Hoffmann. Também foi uma oportunidade de premiar aqueles que se destacaram em uma das competições que a ECSA incentiva seus alunos, a Olimpíada Internacional “Matemática Sem Fronteiras”. Tivemos medalhas de Bronze, Prata e Ouro.
A diretora Marcia Bezerra acredita que a palavra que define este 37º aniversário da ECSA é “emoção”. “Porque não é o primeiro, nem para mim, nem para a grande maioria dos alunos e dos familiares e dos colaboradores também. Isso traz uma gama muito grande de emoção. A gente vê a escola forte e crescendo. Se sustentando, porque 37 anos não são 5, não são 10, não são 15. São 37 longos anos e eu particularmente participei de grande parte dessa construção”, contou.
É um momento de despertar nos alunos diferentes emoções. “A gente sabe o quanto o mundo está em transformação e o quanto a precisamos mudar para isso. Então fazer o nosso trabalho nobre é algo incansável. Precisamos comemorar isso, é algo que não pode passar em branco. A gente precisa comemorar, a gente precisa mostrar para nossos alunos que existe um marco também e que esse marco é feito por dignidade, pelo envolvimento das pessoas e voltado totalmente para eles, e que eles se divirtam”, explicou.
Na ECSA, acrescentou Márcia, a escola é feita para o aluno. Trata-se de um conceito que vem ganhando muita força e que tem muito sentido nos tempos atuais, disse ela. “Não há problema algum com a escola de antigamente. A única questão é que a escola de antigamente não serve para os alunos de hoje. Então a gente falar de conceito de pertencimento anteriormente não era viável. Não era entendido. Hoje eles têm voz, eles têm ação, eles têm a participação estimulada pela escola. Mas tudo em forma de troca. Do mesmo jeito que eles são ouvidos, nós também queremos ser ouvidos por eles”, frisa.
“É um aprender a aprender constante. É o aprender a ensinar. E tem toda uma questão aí da formação do indivíduo, que eu acho que é um todo. Essa formação do indivíduo nos anos atuais, nessa contemporaneidade, é muito forte. A gente precisa olhar para isso. Então é um compromisso muito grande, de exemplo, de reflexão, de ação, de atitude e de escolha. A questão é essa, de escolha. Eu escolho o que eu faço, para onde eu vou, o que eu quero ser. Então isso é muito profundo”, analisou a diretora que está na função há sete anos e ingressou na ECSA há 35, dos quais apenas 5 anos este fora dela.
Palhaçaria
A produtora do Grupo Tibanaré, Fernanda Gandes, explicou que a ideia foi levar para a escola alguns fragmentos do espetáculo “Palhaçando”, que faz parte do repertório deles desde 2007 e, adaptável, vem sendo levado a púbicos de todas as idades, especialmente as crianças. “Ele fala de dois palhaços que se encontram e falam muito sobre voos, sobre festas, sobre brincadeiras. Então a gente entra muito nesse universo da criança, da imaginação, da brincadeira, da ingenuidade para trazer esse jogo cênico dedicado a elas”, ressaltou.
A força do espetáculo está justamente na figura do palhaço, que permeia o imaginário das crianças desde muito cedo e está ligado à alegria, o divertimento, ao lúdico. Ele não mais está restrito ao picadeiro nos circos, está nos palcos, nas ruas e onde mais for possível, lembrou Fernanda. O “Palhaçando” é uma prova dessa popularidade, fazendo parte de praticamente toda a história do Tibanaré, criado em 2006.
Um dia diferente
Os alunos atestam a afirmação. Eles se divertiram bastante com as palhaçadas e consideraram esta uma forma muito interessante de comemorar os 37 anos da ECSA. “Eu gostei quando os palhaços ficaram rodando um atrás do outro”, contou Yasmin Figueiredo Oliveira, do 4º ano, referindo à “guerra” de travesseiros que os atores protagonizaram. Lembrou uma viagem que fez. “Uma vez fui acho que para São Paulo, fui com a minha mãe para um show de circo. Era muito legal”, contou.
Guilherme Yuji Guardachoni, do 4º ano, também gostou de comemorar assim o aniversário. “Gosto de palhaço. Um dia eu estava triste, daí minha mãe me levou em um circo e eu saí de lá feliz. Eu acho legal comemorar com um dia assim de todo mundo feliz”, enalteceu. “Achei bem legal. Me chamou atenção que teve espetáculo. Porque não é todo dia que tem espetáculo”, observou Luigi Domingues Fujioka, também do 4º ano, que até deu um jeito de interagir com os atores.
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