Líderes de turma debatem problemas e soluções em sala de aula
Debater temas como bulying, intolerância, respeito e cidadania são alguns exemplos do que rola nas rodas de conversas de líderes de turma do Ensino Fundamental da Escola Chave do Saber (ECSA). Chamado de Escola Democrática, os bate-papos são levados a sério pelos participantes, que ao fim, fazem sugestões de ações para solucionar os conflitos e promover mais harmonia no ambiente escolar. Os encontros são feitos a cada 15 dias com a presença de uma mediadora que norteia os participantes.
De acordo com Camila Gonçalves, psicóloga e psicopedagoga responsável pelas reuniões, são debatidos todos os tipos de assuntos, sugeridos pelos próprios alunos, numa urna que fica a disposição na escola. “Eles escrevem o tema num papel, colocam na urna e o mais escolhido vira pauta. Pode ser problemas de sala de aula, da escola, de relacionamento com algum professor ou amigo etc”, explica.
São sempre duas assembleias por mês. Participam os representantes de turma, escolhidos em eleição pelos próprios alunos. Uma reúne estudantes do segundo ao quinto ano e outra do sexto ao nono. Renan Kaike Soares da Silva, de 9 anos e aluno do 4º ano ‘A’, conta que a troca de experiências com os colegas é muito válida. “Eu gosto de participar, conversamos sobre tudo. Meus amigos de sala, por exemplo, me pediram pra falar hoje sobre os coletores de lixo, no parque em frente ao colégio, porque não tem”. As sugestões e resoluções são passadas para equipe pedagógica da escola, que avalia e valida as ações.
No programa Escola Democrática os alunos são os protagonistas. “É uma necessidade que o educador entenda a criança e o adolescente com quem trabalha e que reflita sobre sua atuação no sentido de favorecer um cenário de educação comprometido com a realidade atual” pontua a Márcia Bezerra, diretora da instituição.
Luís Felipe Ferreira Rosa é aluno do 5º ano ‘B’ e confessa que se candidatou para ser representante de turma porque gosta de falar, de expor as ideias. “Sou muito comunicativo, gosto de falar sobre os problemas de turma, de tudo que está acontecendo na escola e que pode melhorar”, diz o garoto de apenas 10 anos de idade e que pretende ser médico.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação
Escrito por:
ECSA Escola Chave do Saber