TABUANDO: ECSA torna ensino da tabuada mais eficiente e prazeroso para os alunos
Na Escola Chave do Saber (ECSA) os alunos são estimulados das mais variadas formas com o objetivo de fazê-los apreenderem com mais propriedade os conteúdos. No caso da matemática, uma das formas de promover isso é o concurso Tabuando, que torna o aprendizado da tabuada uma atividade mais lúdica, instigante e desafiadora, em contraponto à antiga prática de “decorar” as tabelas.
A professora de Matemática Deise Oliveira Ribeiro, que coordena a atividade com os alunos do 3º ao 5º ano, conta que o Tabuando é desenvolvido na ECSA há cerca de uma década, durante todo o ano. Ela explica que os conteúdos são trabalhados em sala de aula, de acordo com o que os alunos estão estudando naquele momento, assim os professores podem criar estratégias diferentes.
Dividido em fases, o concurso envolve todos os alunos do 3º ao 9º ano, em um primeiro momento. Os que conquistam maiores pontuações (mais acertos) se classificam para a seguinte, que passa a ser eliminatória. Até que fica um aluno de cada sala para a final, em que é feita a premiação dos campeões. O que este ano deve ser postergado para dezembro, em vista das mudanças no calendário devido às medidas de contenção do novo coronavírus.
Deise salienta que não se trata de simplesmente checar o conhecimento dos alunos nas quatro operações matemáticas feitas com dez algarismos, como era mais comum antigamente. Eles vão além das tabelas. “Nós incluímos expressões numéricas, os maiores podem trabalhar potência, raiz, mas sempre visando esse processo multiplicativo para desenvolver o raciocínio”, frisa a professora.
O professor de Matemática Marcos Ferreira, responsável pelo 8º e 9º anos, ressalta que o Tabuando surgiu na ECSA pela necessidade de fazer os alunos retomarem esse conceito de tabuada de uma maneira que não fosse obrigatória. A professora Deise então deu a ideia de criar um jogo, um concurso específico, conta. “A proposta deu muito certo, os alunos começaram a estudar a tabuada e tivemos que cada vez mais aumentar o grau de dificuldade”, comemora.
O resultado é algo que foge do convencional, mas que demanda um bom conhecimento das operações básicas. “Usamos equações com as operações da tabuada, é mais abrangente. Não vai só até a tabuada do 10, vai a 20, 30. Não importam os valores. Eles conseguiram desenvolver uma capacidade de fazer cálculos mentais rapidamente que ficou muito acima da expectativa”, analisa, orgulhoso.
Tabuando na pandemia
Segundo Marcos, por conta das medidas de isolamento e da adoção das aulas remotas, foi preciso reformular o concurso, que passou a ser online. O uso da internet, porém, trouxe também novas possibilidades, como a utilização de plataformas e jogos interativos, como o Kahoot.
“Na própria plataforma da ECSA, numa parceria com a Sala Tech, está sendo desenvolvido um software na área de Arduino em que os alunos também terão um jogo relacionado à aplicação do conceito da tabuada. Então, ficou muito maior do que somente a tabuada. Entram operações, equações, frações. Tudo o que está relacionado a números e operações matemáticas está dentro do Tabuando hoje”, destaca Marcos.
O concurso tornou o ensino de Matemática mais prazeroso para os alunos, a ponto de aguardarem ansiosamente pelo dia do Tabuando. “Geralmente nós aproveitamos aulas geminadas, onde o aluno tem um tempo maior. Deixamos tudo programado e eles ficam a postos, esperando serem sorteados. Eles se divertem. Tem aluno que fala para os pais que não pode faltar na sexta para não perder uma etapa e ser desclassificado”, revela o professor.
“É um evento criado na própria escola, em que todos participam. Já está no calendário da ECSA, assim como a OMECSA (Olimpíadas de Matemática). São muitos anos fazendo sucesso com os alunos”, finaliza Marcos.
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ECSA Escola Chave do Saber