Palestrantes falam com alunos da ECSA sobre a condição da mulher na atualidade

“A mulher precisa de respeito e liberdade. Quando ela tiver isso, ela conquista o resto”. A frase dita pela aluna Naima Santos Karhawi, do 9º ano A da Escola Chave do Saber (ECSA), sintetiza a mensagem das palestras alusivas ao Dia Internacional da Mulher que a instituição promoveu nesta quinta-feira (9). De gerações e formações diferentes, a jornalista Luzimar Collares e a aposentada Rosinha Alves falaram de suas experiências e sobre a condição da mulher na atualidade, alertando para a necessidade de uma igualdade de direitos e oportunidades.

Dona Rosinha, como é mais conhecida, tem 82 anos e há sete resolveu dar aulas de Hatha Yoga voluntariamente no Centro de Convivência para Idosos (CCI), atendendo hoje 68 pessoas. É mais um exemplo da iniciativa de uma mulher à frente de seu tempo. Que não se conformou com a proibição do marido e resolveu dar aulas de reforço escondida, até que ousou separar-se depois de dez anos de relação para buscar seu caminho. “Não se pode falar para as pessoas ‘você não é capaz’, ‘você não dá conta’. Tem que ter liberdade, autonomia, autoestima”, alertou.

Luzimar Collares falou sobre a mulher no mercado de trabalho e os desafios que ela encontra em seu dia a dia. A jornalista lembrou que, apesar de ter conquistado um espaço importante, ainda pesa sobre as mulheres a responsabilidade pelo cuidado com a família. Baseada em números do IBGE, a palestrante mostrou como ainda é desigual a divisão de tarefas.

“As mulheres são responsáveis por 73% dos afazeres domésticos mesmo trabalhando fora”, exemplificou. E de como as mulheres ganham

 menos que os homens mesmo tendo a mesma ou maior escolaridade e sofrem com a violência. É um dia, segundo ela, para refletir sobre todas essas questões.

A atividade faz parte da proposta pedagógica da ECSA, que alia experiências e vivências ao ensino tradicional de sala de aula. “Foi isso que a escola fez hoje. Trouxe duas palestrantes com abordagens diferentes, uma falando sobre o respeito, a questão dos valores, e a outra a conquista da mulher no mercado de trabalho”, disse a coordenadora pedagógica do Fundamental II, Ana Carla Guimarães Fanini.

Conscientização

Os estudantes aprovaram a forma diferente de lembrar o Dia Internacional da Mulher, principalmente por promover uma maior conscientização. “Os homens têm que olhar para elas e ver que o esforço delas é grande, elas trabalham muito mais que nós e a gente não percebe isso. Somos muito machistas. Acho que essa opinião tem que mudar, a gente tem que enxergar o trabalho da mulher”, conclamou Felipe Melo Nogueira, do 9º ano A. E complementou: “A gente está numa crise e acho que se acabar com esse machismo todo, melhora. O Brasil deixará de ser esse país subdesenvolvido e virar um país de primeiro mundo.

Encantada com Dona Rosinha, Ana Clara Tavares, do 8º ano A, enalteceu sua força e seu exemplo:  “Ela é muito corajosa, guerreira, batalhadora. Fez as coisas numa época em que era ainda mais difícil. Uma hora todo mundo vai crescer e ver que dá conta de fazer todas as coisas”.

Assim como Danillo Alves de Campos Filho, também do 8º ano A. “Num tempo muito difícil ela conseguiu trabalhar, cuidar das coisas dela e isso é um grande mérito. Nós nos achamos preguiçosos e incapazes de fazer enquanto ela já havia feito tudo isso numa época muito mais difícil. Teve iniciativa”, lembrou.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Escrito por:
ECSA Escola Chave do Saber


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