Na ECSA todo dia é de combate ao Bullying

 

 

Nesta quinta-feira (20 de outubro) celebra-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying. É uma data para lembrar o quão necessário é tratar do assunto com as crianças e os adolescentes, especialmente no ambiente escolar. Na Escola Chave do Saber (ECSA), o tema é tão importante que as ações nesse sentido vêm sendo realizadas já há muito tempo e são contínuas, por meio de atividades como as realizadas dentro de programas como LIV – Laboratório Inteligência de Vida, iniciado em 2022.

O bullying é uma expressão em inglês que se refere a um conjunto de violências que se repetem por algum período. Geralmente são agressões verbais, físicas e psicológicas que humilham, intimidam e traumatizam a vítima. A última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e repercutida pelo jornal Valor Econômico, apontou um percentual superior a 40% de estudantes que afirmaram terem sido vítimas dessa prática.

Nesse contexto, o dia 20 de outubro foi marcado no calendário mundial como uma oportunidade para discutir e buscar soluções para combater essa forma de violência. Na ECSA, explica a diretora Márcia Bezerra, uma postura que tem se mostrado eficiente nesse sentido é a validação dos sentimentos, o se colocar no lugar do outro e se reconhecer enquanto pessoa.

“Vivendo em sociedade os conflitos vão acontecer. Às vezes as pessoas confundem, elas acham que não ter bullying ou não ter problema é não ter conflito. Na verdade, é você saber resolver esse conflito, de maneira assertiva, fazendo uma mediação, dando oportunidade para que as duas partes possam falar, principalmente a mais atingida. E que o outro possa escutar o efeito daquilo que ele fez. As pessoas não têm às vezes a noção. Elas sabem o que fizeram e que é errado, mas não têm a noção do impacto”, explica.

A ECSA, acrescenta Márcia, sempre atuou através do diálogo, da mediação, da validação de sentimentos e trabalhava isso no todo. Ou seja, dentro da sala de aula, nas relações externas, entre os seus colaboradores e entre os alunos. A escola passou a contar com um programa elaborado, construído através de estudos e que é revisto dentro da sua realidade e com base nas mudanças pelas quais as crianças vão passando com o crescimento. “Nós trouxemos este ano o LIV, que tem isso como pauta, ele toca nesses assuntos, ele faz as crianças pensarem sobre. Então você não precisa trabalhar só quando acontece, você traz isso como ponto de reflexão”.

Segundo a diretora, se é algo que está presente no dia a dia e provoca danos terríveis, precisa ser trazido como proposta de trabalho, o que caracteriza o LIV. Ele também permite que as crianças contribuam, destaca a diretora. Então, este ano, frases de incentivo foram espalhadas pela escola para que os alunos procurassem demonstrar o que sentiam. “Montamos grupos de apoio incentivando essas crianças no geral a colocarem os seus sentimentos. A partir daí fizemos rodas de conversa. Acho que é uma prática que não pode ser feita só de vez em quando, não pode ser feita só quando tem conflito. As relações são mantidas a partir do momento em que as crianças colocam o que estão passando, como está o relacionamento da sala, e essas ações são feitas continuamente”, salienta.

Colocar esses assuntos na pauta do cotidiano escolar é algo de extrema relevância, frisa Márcia, afinal essas crianças estão construindo uma história na ECSA. Grande parte dos alunos do 9º entraram na escola aos dois anos de idade. “Eles levam isso daqui para fora”, lembra a diretora.

Escrito por:
Redacao paueprosa


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