Autora participa de roda de conversa com estudantes da ECSA

Alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola Chave do Saber participaram de uma roda de conversa com a escritora e jornalista Neusa Baptista, autora do “Cabelo Ruim? A história de três meninas aprendendo a se aceitar ”. O livro foi adotado neste semestre, com a proposta de realizar uma leitura compartilhada com a turma. Lançado em 2006, na Literamérica, Feira Sul Americana do Livro, em Cuiabá, a obra está ambientada num espaço escolar e mostra a história de três meninas aprendendo a se aceitar.

Tudo começa quando a personagem Tatá é chamada de “mais uma de cabelo ruim” por um colega de sala. Após, nasce uma amizade entre três meninas negras – Tatá, Bia e Ritinha – que redescobrem o ato de lidar com seu cabelo como forma de assumir o papel de protagonistas na auto-aceitação e lidar com o preconceito.

A autora conta que por diversas vezes durante a vida passou por situações vividas pelas personagens: bullying, racismo e preconceito. “São marcas que permanecem de alguma forma na gente. Hoje sei conviver melhor com isso”, diz Neusa.

Filha de uma família de 7 irmãs, a autora compartilhou que esses fatos a inspiraram a escrever o livro e mostrar que as pessoas precisam se aceitar como verdadeiramente são. “As crianças de cabelos crespos já cresciam com o sentimento de ter que alisar o cabelo. Hoje isso é menor. Minha proposta foi despertar que pouco faz diferença o cabelo, ou a cor da pessoa”, pontua.

“O livro mostra a importância do respeito entre as pessoas. Não podemos ter preconceito com ninguém. Temos que tratar todos com respeito”, disse a aluna Lara de Miranda, de 8 anos.

O aluno Vitor Von, de 7 anos gostou de conhecer pessoalmente a escritora e disse que as pessoas precisam ser sempre respeitadas, independente como são. “A pessoa pode se arrumar do jeito que você quiser. Pode ter o cabelo liso ou crespo, ela que escolhe”, diz.

A pedagoga Edlainy Batista, professora de uma das turmas, explica que a escolha do livro teve o objetivo de sensibilizar as crianças no sentido de ver as diferenças como natural e que não importa a aparência ou a classe social da pessoa. Ser diferente é o que nos completa. “O livro atende essa proposta pois tem uma história forte, de valor, com uma linguagem fácil, é bem ilustrado, o que torna a leitura mais atrativa aos alunos”.

Após a conversa, os estudantes tiveram os livros autografados pela autora.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Escrito por:
ECSA Escola Chave do Saber


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