AGOSTO DOURADO: Benefícios do aleitamento materno são abordados em palestra na ECSA

 

No mês em que as ações de incentivo ao aleitamento materno são intensificadas, a Escola Chave do Saber (ECSA) promoveu palestra sobre o assunto para a comunidade escolar. Conhecida como Agosto Dourado, a campanha visa incentivar a amamentação exclusiva com leite materno até os seis meses de vida do bebê. O assunto foi abordado pela enfermeira Isadora Ribeiro, na tarde de segunda-feira (26.08).

Ela, que é pós-graduanda em cuidado materno-infantil com enfoque em amamentação, ressaltou os benefícios da prática e a importância da conscientização pelas redes de apoio. “Tanto os grupos profissionais quanto os próprios familiares devem deixar a mãe segura sobre a capacidade de amamentar, porque muitas vezes ouvimos coisas que desestimulam, como o mito do leite fraco”, explica.

Esta, inclusive, esteve entre as principais dúvidas das mães participantes. A enfermeira ressaltou que, além de procurar informações, a mulher precisa estar preparada psicologicamente para amamentar. “Nem tudo que veicula na internet ou que as pessoas saem dizendo são verdades, e cada experiência é única. Não se deve romantizar a questão, pois sabemos que no começo a mãe pode sentir dor ou não conseguir colocar a ‘pega’ (termo que define a posição ideal de encaixe da boca do bebê para sugar o leite) correta, mas também devemos nos atentar para incentivar e apoiar as mulheres”.

A preocupação em ampliar o cumprimento da orientação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) se justifica nas estatísticas. Apenas quatro em cada 10 bebês no mundo são alimentados exclusivamente com o leite materno nos primeiros seis meses de vida, segundo levantamento divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no início de agosto de 2019. Nos países de renda média e alta, apenas 23,9% das crianças são alimentadas somente com o leite da mãe no primeiro semestre após o nascimento. No Brasil, o índice foi estimado em 38,6%, de acordo com o UNICEF e a OMS.

Os benefícios

Além de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, a amamentação materna também reduz casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Segundo OMS e UNICEF, cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento de taxas da amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.

Amamentação na adolescência

Isadora Ribeiro, que também presta consultoria em amamentação, atende em uma unidade básica de saúde em Cuiabá. Segundo ela, as orientações também são reforçadas diariamente com as mães adolescentes. “No caso das mães mais jovens, percebemos que elas não têm muita paciência para a amamentação, pois é uma tarefa que exige dedicação por horas mesmo”, relatou. “Mas é fundamental prestar o apoio a estas mulheres e trabalhar esta inquietação que é própria da juventude”, ponderou.

Escrito por:
ECSA Escola Chave do Saber


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