Diversidade na escola: inclusão traz resultados positivos

Espaço de aprendizado, socialização e compartilhamento de ideias, a escola é também lugar para inclusão desde cedo. Entre os benefícios desta integração está o desenvolvimento cognitivo e emocional de crianças, sejam elas com algum tipo de deficiência ou não. Em Cuiabá, a Escola Chave do Saber (ECSA) vem abrindo as salas de aula para as Acompanhantes Terapêuticas (AT) de alunos autistas. A inserção destas profissionais faz parte do projeto de acessibilidade e inclusão social da escola.

De acordo com a coordenadora pedagógica da Educação Infantil da ECSA, Milene Dorneles, a diversidade de experiências e conhecimentos é uma realidade que deve ser desenvolvida através de práticas educacionais inclusivas. Segundo ela, quanto mais respeitadas em suas diferenças, mais as crianças avançam na escola e fora dela.

“Para ser efetiva, a inclusão não deve ser limitada ao acesso a conteúdos e disciplinas, mas também o estímulo à autonomia das crianças. Por este motivo, temos recebido as Acompanhantes Terapêuticas como uma forma de garantir apoio escolar, contribuindo com a inclusão e aprendizagem de crianças especiais. Nos últimos anos, a ECSA também investiu em adaptações na sua estrutura para melhor receber alunos e familiares com qualquer tipo de deficiência”, frisa.

Iniciativa de extrema importância para a inclusão de crianças especiais, as Acompanhantes Terapêuticas desenvolvem o trabalho de monitoramento e apoio a três alunos da ECSA com autismo diagnosticado. Uma dessas profissionais é a terapeuta infantil Dhullye Hiara, que elogia a abertura da escola para a entrada das ATs. Ela é responsável desde 2021 pelo acompanhamento um aluno de 4 anos, hoje no Jardim II.

“É nítido o desenvolvimento dele desde que passou a frequentar a escola. Quando ele chegou, era muito mais dependente e resistente a algumas atividades. O acompanhamento é feito conforme o grau de autismo, mas a socialização com outras crianças e a compreensão das diferenças fazem toda a diferença na evolução do paciente. A ECSA está entre as poucas escolas em Cuiabá que tiveram uma boa aceitação do trabalho das Acompanhantes. Temos todo o suporte necessário para desenvolver o nosso trabalho e o resultado é a inclusão destas crianças”, acrescenta.

O convívio com crianças especiais ainda na fase escolar é positivo não só para elas, como também para as demais sem qualquer tipo de deficiência. Sobre isso, Dhullye explica que o ambiente escolar torna-se muito mais acessível e inclusivo quando desde cedo crianças aprendem a conviver com as diferenças. “Em geral, os pais de crianças especiais têm muito medo de colocá-las em escolas regulares pelos possíveis problemas que elas podem ter. Mas o que vemos é que as próprias crianças querem ajudar o colega especial. Conviver com a diversidade é bom para todos”, pontua a terapeuta.

Acessibilidade – Apesar de um número ainda pequeno, a ECSA já conta com alunos deficientes entre suas turmas. Até por este motivo, a escola vem passando por reformas e adaptações nas salas, corredores e área externa, facilitando o acesso e mobilidade das pessoas na unidade. Hoje a escola conta com rampas e corrimões espalhados, além de guias na calçada para deficientes visuais, elevadores e banheiros para PCDs. As intervenções são aproveitadas tanto pelos alunos cadeirantes quanto por pessoas com mobilidade reduzida, idosos e demais alunos.

Escrito por:
ECSA Escola Chave do Saber


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