ECSA faz entrega de donativos arrecadados durante a 35ª Gincana

A Escola Chave do Saber (ECSA) realizou nesta terça-feira (23 de novembro) a solenidade de entrega das arrecadações referentes à 35ª edição da tradicional Gincana. Diferente do ano passado, em que as aulas presenciais estavam suspensas por conta da pandemia, desta vez o evento contou com a participação dos alunos. Ao todo, foram beneficiadas oito instituições que atendem crianças e adultos de bairros espalhados em várias regiões de Cuiabá, com donativos como alimentos, roupas, brinquedos, produtos de higiene pessoal e limpeza.

As doações foram bastante comemoradas pelas instituições, que ainda sentem os efeitos da pandemia de covid-19. Margareth Coutinho, coordenadora do projeto Alimentando Almas, afirmou que os donativos eram muito bem-vindos, pois ajudariam bastante no atendimento de algo entre 70 e 80 homens e mulheres moradores de rua. Segundo ela, além da comida fornecida na Rua 13, na região do Porto, eles têm oportunidade de tomar banho, cortar o cabelo e receber atendimento clínico.

“O colégio sempre nos ajudou e a doutora Michele Carvalho [fundadora da instituição] ligou muito satisfeita, dizendo: ‘Margareth, nós temos uma doação lá da ECSA’. Ficamos muito agradecidas, porque eles são muito carentes, muitos sem família”, lembrou a coordenadora.

Juciley Augusto de Almeida, diretor Creche Municipal Espaço Livre, também se disse contente em ter sido contemplado. “A iniciativa desse projeto de vocês, que ajuda as pessoas, as instituições que necessitam, é muito louvável. Nós temos crianças bem carentes, que precisam. Nós só temos a agradecer à escola”, frisou, lembrando que neste momento de pandemia a instituição, que fica no bairro Araés, sentiu a diminuição nas doações.

“Nós queremos louvar a Deus que muitas vidas e muitas famílias sairão certamente satisfeitas por aquilo que o Senhor moveu por meio da escola e a parceria entre alunos, professores, diretoria, todos os envolvidos. Então nós agradecemos em nome da igreja toda essa disposição”, disse Jeferson César Vieira, pastor da Igreja Metodista Wesleyana. Segundo ele, por meio das doações de alimentos e roupas a instituição consegue ajudar muitas pessoas nos bairros Areão, Bandeirantes, Guanabara, Poção e Coxipó, atendidos por eles.

A satisfação também foi grande entre os alunos. “Eu acho que é uma oportunidade boa porque a gente também se diverte junto e ajuda as outras pessoas”, afirmou Helena Pimenta Burneiko, do 5º ano B. “Eu também ajudei para fazer essa colaboração. Mesmo que tenha pouco, você vai ajudar uma família”, ressaltou Eduarda Sodré Bueno Andrade, do 5º ano B. “Eu acho que a gente tem que fazer isso sempre, é muito bom. Faz bem pra gente e para as outras pessoas”, conclamou Manuela Moura Gonçalves de Souza, do 4º A, que comemorou a oportunidade de participar de sua primeira gincana.

Os donativos também serão entregues às instituições: Igreja Metodista Wesleyana, Igreja Betel, Hospital de Câncer, Projeto Jiu-Jitsu (Bairro Dr. Fábio), Solidariedade Cuiabá e Projeto Siminina.

Adaptações

A diretora Márcia Bezerra ressaltou que esta é uma atividade realizada desde a fundação da ECSA e que nasceu já com uma proposta de trabalho pedagógico, promovendo o desenvolvimento de valores, empatia e promovendo conhecimento social. “É importante que elas saibam sobre a realidade econômica. Elas vão crescendo e tendo a oportunidade de entender que isso impacta muito. Não adianta só eu ter. E é isso que nós vamos passando”, destacou.

Foi uma construção que se fortaleceu ao longo dos anos, contou a diretora. Márcia lembrou que em determinados momentos houve uma grande competição entre os grupos, o que é natural do ser humano, mas o espírito hoje é de valorização da atitude de doar. “Não importa a quantidade, importa a participação, independente do que eu traga. O importante é dividir. Aí sim você se torna consciente do seu papel”.

A pandemia também promoveu transformações. Diferente dos anos anteriores às restrições sanitárias, quando a Gincana ocorria durante uma semana, desta vez ela ocorreu durante um mês, entre 19 de outubro e 19 de novembro. “Precisamos fazer as mesmas coisas de outras maneiras. A parte esportiva nós realizamos uma vez por semana em cinco semanas. Não conseguimos ajudar todas as instituições parceiras. É uma realidade, no ano passado também não. E assim vamos completando nosso rodízio de até 16 instituições diferentes. A esperança é que a cada ano melhoremos isso. Quem sabe no ano que vem não teremos a volta daquela grande gincana?!”, projetou, esperançosa.